sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Quem come cabeça de Pacú não sai mais de Cuiabá?

Caldo de cabeça de pacú (Foto:Thalita Rocha)
Quem vem a Cuiabá e come cabeça de Pacú jamais vai embora. Se for, terá tanta saudade que acabará retornando.
 Essa lenda, muito viva nas letras de músicas e contos dos poetas regionais, e nas brincadeiras com os migrantes e turistas, tornou-se mais que uma referência histórica da capital mato-grossense, é símbolo da cuiabania. 
  De acordo com a lenda local, contada através de ribeirinhos dos Rios Coxipó e Cuiabá, quem come cabeça de Pacu nunca mais saí de Mato Grosso. Se o viajante for solteiro não demorará a casar com uma moça da terra, caso for casado, vai fincar raízes e permanecer no Estado. 
  Para muitos isso não passa de uma lenda contada de geração em geração, mas há os que acreditam que a história seja verdadeira. 
  Para o seu Arleniel Gonçalves da Silva, 63 anos, a história é verídica e traduz uma fase da vida dele que é lembrada até hoje com muito carinho. Ele conta que em 1980 chegou á Cuiabá para trabalhar em uma obra de construção como pedreiro, e conforme as semanas se passaram,  um belo dia foi apresentado por um amigo a uma simpática dona de uma peixaria na típica região do São Gonçalo Beira-Rio, localidade famosa por abrigar diversas peixarias com estruturas "rústicas", que mantém viva até hoje a tradição cuiabana.
Dona Lúcia já era famosa por seus pratos muito bem produzidos, com toques caseiros e temperos na medida. Seu Arleniel, juntamente com seu amigo fez uma refeição no local, e assim que ele experimentou as delícias típicas que eram servidos se encantou mais ainda pela cidade. Rapidamente quis saber quem era "as mãos de fada" que preparou  tal iguaria com tanta perfeição. 
  Ele relembra que assim que conheceu o sabor dos pratos típicos, bem como o caldo de cabeça de pacú e a bela cozinheira que com tanto carinho os preparou, foi amor á primeira vista, e assim um tempo depois casou-se com dona Lúcia, virou fã da comida cuiabana, e de Cuiabá não saiu mais.

A chuva do caju existe?

Cajus quase maduros (Foto:Thalita Rocha)
A famosa "chuva do caju" é a primeira chuva depois da seca. Geralmente tem início em meados de setembro e se entende até o mês de abril do ano seguinte. Essa previsão é feita com base na sabedoria popular daqueles que  todos os dias se dedicam a observar os cantos dos pássaros, a migração do animais, o formato das nuvens e o desabrochar dos frutos de época.

Se para muitos isso não passa de crendices populares, para o professor de letras e doutorando em psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Cesar Pimentel, tais "previsões" são um tipo de conhecimento de vida, que muitas pessoas que não receberam instrução técnica, adquirem  baseado na observação do funcionamento da natureza. Ele ressalta que "além da imaginação, essas previsões têm uma parte prática, assim, não podem ser consideradas uma crença e sim conhecimento".

Ao contrário daqueles que não acreditam, essa chuva compõe o clima do Centro-Oeste e,  é importantíssima para o desenvolvimento da fruta. Sem ela, (que também é chamada de "solteira"), o cajueiro não consegue segurar seus frutos, comprometendo a produção. 

Por ser a primeira chuva após o período da seca, e ter esta importância para o cajú, recebe este nome popular.  

A Chuva do Caju é um fenômeno que acontece por causa da frente fria que vem do Sul do país. Elas se encontram com as altas temperaturas e podem causar as chuvas. Geralmente, essas precipitações são rápidas, volumosas, e como algumas pessoas costumam dizer “é tudo o que o cajueiro espera para rebentar”.

Depois disso é só esperar o rápido crescimento da fruta que não demora a ocorrer, para começar a aproveitar tudo o que de bom ela oferece e tudo o que a imaginação permitir criar, pois do caju tudo se aproveita.

Para Antônio Zenóbio Jozetti, 54, sempre nesta época do ano ele aproveita a colheita dos seus dois “pés de caju” que possui no quintal de casa para fazer compotas de doce de caju, moqueca - que aprendeu a fazer com a mãe, e ainda aliviar um pouco o calor cuiabano com um delicioso e gelado suco. Ele ainda ressalta que “para curar a ressaca não há coisa melhor!”

Doce de cajú

 
Doce de caju com calda (Foto: Thalita Rocha)
 

         20 cajus
          3 copos tipo (americano) de açúcar
          água suficiente para cozinhar os cajus
        cravo da índia a gosto

Modo de preparo
1º Tire a castanha dos cajus e corte o talinho. Fure os cajus com um garfo e esprema bem para tirar um pouco do suco.
2º Coloque o açúcar em uma panela grossa e um pouco de água, o suficiente para formar uma calda. Acrescente os cajus e deixe cozinhar bem, mexendo sempre para não grudar no fundo da panela.
Coloque água sempre que necessário. Deixe cozinhar até os cajus ficarem molinhos e douradinhos, cor de caramelo, por mais ou menos 1 hora e 30 minutos. Quando estiverem quase no ponto, acrescente os cravos e deixe engrossar o caldo.
3º Depois de pronto, retire do fogo e deixe esfriar. Coloque em um vidro tipo de conserva e leve a geladeira. Sirva frio.



Chapada dos Guimarães (MT) sedia Festival do Caju

O Distrito de Rio da Casca, a 43 km de Chapada dos Guimarães, sedia entre os dias 12 a 16 de novembro, a 12ª edição do Festival do Cajú. A realização é da Associação de Pequenos Produtores Rurais com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).


A programação inclui atividades recreativas, feiras com produtos da região, ciclo de palestras sobre a cultura na Escola Municipal Rio da Casca III, apresentações culturais, desfile da princesa do caju e baile popular. Mais de 20 famílias, da comunidade utilizam o fruto como fonte de renda, seja para fabricação de doces, salgados, pães e outros.


A venda de todos os frutos será revertida para a Associação de produtores e também doceiras da comunidade. O primeiro festival foi realizado em 2003.








Dia nacional do sorvete é comemorado com inovações

Paletas mexicanas (Foto: Thalita Rocha)
Dia 23 de setembro comemoramos o início da primavera no Brasil, uma época em que o calor é mais intenso, o tempo é mais seco, e podemos até considerar a época do ano mais quente. Neste dia 23 também celebramos o dia nacional do sorvete segundo a ABIS- Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes.

Segundo a ABIS devido as altas temperaturas neste período, a demanda costumeiramente é maior, chegando a um consumo de 70% do total de mais de 950 milhões de litros que estas empresas nacionais do seguimento produzem anualmente.

Com esta crescente demanda, o mercado de sorvetes no Brasil fatura cerca de 2 bilhões de reais por ano. Não é a toa que o Brasil ocupa a 12° colocação no ranking mundial, com uma média de consumo por pessoa de 5,77 litros. E tudo indica que este setor só tende a crescer, principalmente porque ela está saindo dos tradicionais sabores básicos como morango, chocolate, etc, e se sofisticando cada vez mais.

Aqui em Cuiabá, devida à elevada temperatura constante praticamente o ano inteiro, o número de sorveterias vem aumentando significativamente, principalmente devido a demanda que é bem alta. Afinal quem neste calor não tem a vontade de se refrescar com um delicioso sorvete? Os tão comentados picolés recheados são a bola da vez!

Entre as novidades que temos hoje no mercado, as paletas mexicanas vêm inovando e chamando a atenção dos consumidores. São picolés tradicionais no México que recentemente caiu no gosto dos brasileiros, e vem se tornando uma “febre” em todo o país, com abertura de diversas lojas especializadas do ramo em praticamente todas as cidades do Brasil.

Estas verdadeiras tentações, são picolés feitos no formato maior que o tamanho habitual, normalmente com cerca de 120 gramas, com diversos tipos de recheios, como brigadeiro, leite condensado, chocolate cold (aquele que não fica duro quando colocado no sorvete), iogurte com frutas vermelhas, doce de leite, entre outros.

Na capital temos duas lojas especializadas no novo picolé. Mi Paleteria, localizada na Avenida Marechal Floriano Peixoto, e a Cremutty Boutique do Picolé, na Av das Palmeiras, 32 Jd. Imperial.

Quem pretende desfrutar dessa novidade deve saber que pagará um pouco mais caro (em relação aos tradicionais), por esta experiência gastronômica.  O investimento varia de R$:5 a R$ 8 reais cada; dependendo do sabor.

Lasanha de bife da Thalita Rocha

Receita Lasanha de bife finalizada (Foto: Thalita Rocha)

Ingredientes carne e molho:
800 gramas de bife de patinho ou coxão mole
Sal e pimenta do reino á gosto
1 lata de molho pronto Pomarola
2 colheres de sopa de coentro fresco picadinho
Manjericão á gosto

Ingredientes purê:
500 gramas de batata
1 caixinha de creme de leite
2 colheres de margarina ou manteiga com sal

Ingredientes molho branco:
1 litro de leite
1 colher de cebola picadinha
2 colheres de manteiga ou margarina com sal
2 colheres (sopa) cheias de farinha de trigo
Sal á gosto
Noz moscada á gosto
1 folha de louro, 2 cravos da Índia, 1cebola inteira cortada pela metade
1caixinha de creme de leite

Item extra:
500 gramas de mussarela fatiada
Manjericão desidratado

Modo de preparo:

Corte os bifes em pedaços pequenos (5cm mais ou menos). Tempere-os a gosto. Aqueça uma frigideira anti-aderente e frite-os de dois em dois, de maneira que fiquem suculentos. Reserve.

Na mesma panela coloque o molho pronto, uma pitada de sal, pimenta do reino. Finalize com um pouquinho de manjericão, e o coentro. Refogue rapidamente por 2 minutos, desligue o fogo e reserve.

Para o purê cozinhe as batatas já descascadas e cortadas em cubinhos (para facilitar), até que fiquem macias. Retire do fogo, coloque em uma vasilha, e ainda quentes misture com a margarina, amassando-as até que vire um purê bem lisinho e sem grumos. Volte-a para a panela em fogo baixo, acerte o sal, coloque uma pitadinha de noz moscada e misture o creme de leite aos poucos, mas não deixe ficar muito mole. Desligue o fogo e reserve.

Para o molho branco: Leve ao fogo uma panela, coloque a manteiga, deixe derreter, adicione a cebola picadinha, mexa um pouquinho com ajuda de um batedor de clara ou espátula de silicone, e adicione a farinha de trigo, mexendo para que vire uma farofinha. Em seguida vá colocando o leite aos poucos e mexendo ligeiramente, de modo que vá se incorporando. Acerte o sal, noz moscada. Pegue os cravos, aperte-os contra o louro na meia cebola, de forma que fiquem presos. Coloque na panela de cabeça para baixo. Deixe ferver mexendo de vez em quando, até engrossar, por cerca de 15 minutos. Ao final coloque o creme de leite. Reserve. Não esquecer de tirar a cebola antes de montar.

Obs: Deixe sempre um meio copo de leite de reserva, caso o molho não engrosse de primeira, diluir mais uma colher de farinha de trigo em meio copo de leite e colocar na panela, deixar cozinhar por mais 5 minutos.

Para montagem: Em uma assadeira retangular grande de vidro (tipo marinex), coloque os itens reservados em camadas da seguinte forma:

1° molho vermelho
2° bifes
3° 250 gramas de mussarela
4°purê de batata
5° 250 gramas de mussarela
6° molho branco
Salpique manjericão por cima do molho branco e cubra com papel alumínio. Levo ao fogo préaquecido 180°C.  Deixe gratinar por 20 minutos, em fogo médio.
Rendimento: Serve 6 pessoas.


Tempo de preparo: 1 hora

Coloque o molho vermelho em uma assadeira (Foto:Thalita Rocha)


Em seguida coloque os bifes (Foto:Thalita Rocha)


recheie com a mussarela (Foto:Thalita Rocha)


Cubra com molho branco (Foto:Thalita Rocha)


Novamente outra camada de mussarela (Foto:Thalita Rocha)


Molho branco novamente com manjericão (Foto:Thalita Rocha)


Forre com papel alumínio (Foto:Thalita Rocha)

Gratinado de abobrinha ao ragu de lingüiça da Thalita


Que tal aproveitar aquela abobrinha que está há dias na geladeira? Confira a receita que preparemos para vocês
Gratinado de abobrinha ao ragu de lingüiça da Thalita (Foto:Thalita Rocha)


Ingredientes:



1 abobrinha verde (grande)
200 gramas de mussarela ralada
4 gomos de lingüiça
1 lata de molho de tomate (tipo pronto)
Sal e pimenta a gosto
Manjericão desidratado á gosto



Modo de preparo



Corte a abobrinha em rodelas grossas, reserve.
Em uma frigideira antiaderente, coloque um fio de azeite e dê uma pré fritada rápida em cada rodela de abobrinha. Reserve.
Corte as lingüiças em pedaços pequeninos, e frite-os. Quando estiverem bem fritinhos despeje o molho pronto e mexa delicadamente. Acerte o sal e salpique um pouquinho de pimenta a gosto. Por último salpique um pouco de manjericão desidrato, mexa tampe a panela e reserve.
Em uma assadeira grande disponha um pouquinho de molho para forrar o fundo (sem a linguiça). Depois acomode as abobrinhas uma a uma. Depois coloque por cima de casa abobrinha uma colher do ragú de lingüiça e por cima um pouco de mozarela ralada.
Faça isso em todas as rodelas. Se sobrou molho jogue por cima das abobrinhas. Por último salpique um pouco de manjericão e leve em forno pré aquecido 180C° por 15 minuto só para gratinar. Retire e sirva quente.

Serve 6 pessoas.

Mojica de Pintado - A cara de Cuiabá

Por Priscila Guimarães


Preparo da mojica de pintado (Foto:Priscila Guimarães)
De acordo com a cozinheira Helena Leite “O segredo é a mandioca, o caldo tem que ficar bem grosso e o peixe tem que estar bem temperado” afirma .
Pesquisa realizada pela UP -Unidade de Pesquisa (Foto: Arquivo) 
Quando se fala em culinária cuiabana logo vem a mente a cabeça de pacú e da história que quem come cabeça de pacú daqui não sai. Pois é! Mas segundo pesquisas feitas pela  UP- Unidade de Pesquisa o prato que mais tem a "cara de Cuiabá"  é o Mojica de Pintado.  De uma mistura do peixe com a mandioca surgiu a “mojica de pintado” palavra de origem indígena que significa “o que vem do rio com mandioca”.  Esta estreita ligação entre o peixe e o cuiabano é desde o século XVII, quando a cidade foi descoberta e o peixe era o que mais se via na cidade. e devido a dificuldade da chegada de alimentos na capital o peixe era muito consumido juntamente com  raiz de mandioca, pois segundo cuiabanos tradicionais como sr. Jõao do Carvalho, 84 morador do bairro Porto, a mandioca foi uma das primeiras plantações registradas na cidade, então juntaram o pintado e a mandioca e surgiu a Mojica de Pintado. "Naquela época os peixes eram de fartura, a gente jogava a rede e vinha de monte. A mandioca a gente plantava em qualquer terreno baldio que dava que nem chuchu. A gente misturava a mandioca na panela junto com o pintado para engrossar o caldo, e o tempero era só o limão e sal mesmo. Era caldo branco e grosso muito delicioso, era uma época muito boa", conclui sr. João.

Atualmente a mojica de pintado é mais requintada e saborosa pois ganhou ingredientes a mais em sua receita como tomate, cebola, alho, cheiro verde, pimenta de cheiro, sal, entre outros temperos que variam a cada paladar. Este prato é refeição sagrada na casa de Helena Leite, moradora do bairro Cidade Verde, às margens do Rio Cuiabá. Todas as sextas-feiras Helena prepara vários pratos para a família tendo como ingrediente principal o peixe; é peixe frito, peixe assado, peixe ao molho  e é claro a Mojica de Pintado que sem exagero é uma delicia!!!
Há mais de 10 anos é tradição na família de Helena a reunião de toda a família, amigos e vizinhos Para se deliciarem com os pratos preparados com o peixe por ela mesma. "Quem começou foi meu pai e depois que ele faleceu eu quem continuei a tradição. São em torno de 11kg de peixe,. Deixo tudo temperado de um dia para o outro. Tem ventrecha de pacú, peixe recheado e assado no forno, bolinho de peixe e o famoso mojica de pintado que a turma adora."

E para quem ficou com água na boca e está a fim de conhecer a receitinha caprichada da mojica de pintado preparada por Helena preste bem atenção nessas dicas.
Para fazer um almoço generoso para toda a família você irá precisar de:



INGREDIENTES:
4 quilos de mandioca
4 filé cortado de pintado
1 cabeça de Cebola
1 ramo de coentro
1 ramo de cebolinha
2 tomates picados
Coloral (opcional)
pimenta de cheiro
2 Colheres de sopa de Maisena (Opcional)

MODO DE PREPARO
Em uma panela grande coloque o azeite, em seguida a cebola picada, o alho, pimenta de cheiro deixe dorar coloque o coloral em seguida os  filés de peixe cortados em cubos e meio copo de sumo do limão. Mexa bem e em seguida coloque os cubos de mandioca já cozida deixe refogar um pouco e em seguida coloque a agua da mandioca até cobrir o peixe. Deixe cozinhar por 10 minutos Se quiser o caldo mais grosso acrescente duas colheres de sopa de maisena e deixe ferver por mais 5 minutos e pronto só colocar a cebolinha, coentro e se saborear.

Dona Helena revela que o prato é bem falado até pelos médicos da família "Os doutores que atendiam meu pai enquanto era vivo provaram a minha mojica e de vez em quando ligam me pedindo para fazer para eles. Fiquei conhecida no Hospital Jardim Cuiabá como "Helena da Mojica" pra mim este prato representa a gastronomia cuiabana, relata Helena toda feliz.

Depois dessa, é claro que eu não iria ficar na vontade né? Eu provei e o que posso falar é que realmente é uma D-E-L-Ì-C-I-A!!!  


Cheiro de Horta no ar

Por Priscila Guimarães


Horta feita com garrafas pets penduradas na parede (Foto: Priscila Guimarães)
Há uns 15 anos atrás eu me lembro o quanto era comum as pessoas terem uma hortinha no fundo do quintal, eu era uma delas. Naquela época eu tinha apenas 8 anos, mas adorava plantar todas as saladas que tinham raiz em um carrinho de mão estragado. Aquele cheirinho de coentro e cebolinha me fascinam até hoje.

Os anos passaram e muitos ainda conservam o hábito de ter uma hortinha em casa, seja no chão para quem ainda tem quintal sem ser cimentado, ou em carrinhos de mão estragados, vasos,  dentro de pneus, ou até em garrafa pet, como  fez  a autônoma Maria de Lourdes que ainda tem o privilégio de sentir aquele maravilhoso cheiro do coentro, cebolinha e alface tirados na hora da terra do seu mini horta na varanda do terceiro andar no seu apartamento no bairro Morada da Serra.

Dona Maria começou com apenas um pé de coentro e cebolinha dentro de um vaso de plantas  e  depois com a ajuda do filho, de 19 anos, que é bem criativo fez vários vasos horizontais de garrafa pet na parede da varanda formando uma horta em formato de armário onde podemos encontrar coentro, cebolinha, alface e tomate cereja "Eu comecei a plantar as raízes das folhas que eu comprava no mercado e depois vi que poderia adaptar a varanda do meu apartamento para caber mais coisas e meu filho usou a criatividade dele e fizemos este armarinho de horta pendurado na parede".

Segundo a nutricionista Andreia Mendes, os alimentos orgânicos são mais benéficos a nossa saúde " Atualmente com o plantio excessivo está havendo um aceleramento no crescimento dos alimentos através de quantidades excessivas de agrotóxicos, pesticidas que consequentemente acabamos ingerindo e isto é prejudicial a nossa saúde, além desses alimentos não conterem mais tantos nutrientes como os alimentos orgânicos"
Para dona Maria a comida tem muito mais sabor com os temperos naturais cultivados em casa do que os que são comprados no mercado "O tomate é mais suculento, não é aquela borracha dura que compramos no mercado, ele é docinho e saudável", conclui.

O cultivo de hortas orgânicas vai  além  do plantio em  residências, existe  um projeto chamado Horta Brasil que desde 2004 incentiva o plantio de hortas em escolas públicas de ensino infantil e fundamental, além de hortas comunitárias. Os alimentos cultivados nas escolas são para preparo da merenda escolar e as crianças que colaboram com o cuidado da horta recebe uma cesta básica como auxílio.Segundo dados do Inmed Brasil o único município em Mato Grosso que aderiu ao projeto foi a cidade de Sorriso.

Gastronomia Fit

Por Priscila Guimarães

A cada dia que se passa vem se tornando mais comum a procura por alimentos saudáveis, tendo em vista que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) 70% das doenças são ocasionadas devido a má alimentação. A onda do momento é seguir a tendência e inovar na cozinha com pratos deliciosos, que tenham baixa calorias, baixo sódio, gordura e açúcar, chamamos de Gastronomia Fit que na linguagem popular são os alimentos leve e saudáveis.

Para a especialista em controle de peso Gladys Oliveira, a procura por pratos bonitos e saudáveis aumentou nos últimos anos "Acredito que as pessoas estão se preocupando mais com a saúde e buscando formas divertidas de inovar na cozinha. Os canapês de pepino com patê light a torta de frango com pão integral é a preferida para as reuniões que organizamos para as pessoas que nos procuram." Muitas pessoas acreditam não ser possível comermos algo saudável e saboroso. Gladys sempre se reúne com amigos e familiares para se deliciarem com suas receitas saudáveis "No início as pessoas achavam que essas receitas eram ruim depois foram sentindo o sabor e sem contar que ficam lindos visualmente e o melhor de tudo é que são super baratos para fazer em casa em uma reunião de família", completa Gladys.

É possível fazer um coffe break com lanches saudáveis e gastar apenas R$20,00, acredita?
Reunimos 2 receitas feitas por Gladys Oliveira simples e fácil de fazer que custou apenas R$17,85 e serve bem 50 porções.
A primeira receita foram os canapês de pepino, confira.

Ingredientes
4 pepinos grandes
500g de maionese light
1 sachê de sopa light

1 lata de milho cozido

1 lata de azeitona sem semente


Modo de preparo:

Em uma tigela despeje as 300g de maionese, a lata de milho cozido, o sachê da sopa light pois contem baixo sódio e irá dar tempero ao nosso patê. Misture bem até virar uma pasta.
Em seguida já com os pepinos lavados vamos corta-los em rodelas não muito finas e ir colocando em uma forma. Após cortar todos os pepinos em rodelas, iremos rechear com o patê e decorar com uma azeitona sem semente. Pronto nosso canapês de pepino está pronto! Rende 50 porções e o custo para preparo é de R$17,85.

A segunda receita é o mini sanduíche com pão integral veja só que interessante.
Iremos usar a sobra do patê feito para a receita do canapês de pepino para rechear nosso mini sanduíche
Ingredientes:
1 pacote de pão integral fit fatiado
3 folhas de alface americana picados
6 tomates cereja cortados em rodelas

Modo de preparo:
Tire toda a borda do pão integral, em seguida corte em 4 partes. Depois de todos cortados rechear com o patê, colocar alface americana picados e as rodelas de tomates cerejas. Pronto! É só se deliciar.
O custo total para as duas receitas foi de R$26,98


Canapés de pepino com patê light e mini torradas (Foto: Priscila Guimarães)